sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Beija flor

Esta certo que nada aconteceu depois que tudo aconteceu, tudo continua estranhamente no mesmo lugar e isso chega até a me assustar, como o mundo deu tantas voltas, como a minha cabeça fizera tantas viagens e ainda assim tudo poderia continuar ali, intocável.
Hoje não sei mais se apenas me preocupo ou se ainda te amo, não dá mais para saber se não falo com você por orgulho ou por medo de que você pare o meu mundo de novo, não sei se é melhor me afastar e não saber mais nada de você por que cada dia longe é uma expectativa nova, e imaginações sobre uma mulher que você tenha virado que no fundo no fundo eu sei que nunca vai virar, e essa talvez seja minha única certeza.
Nossa musica nunca mais tocou (todas elas), nem vi mais nosso filme se é que agente tinha um, não me lembro do seu cheiro, do tom da sua voz, e nem sinto mais falta deles. Eu não lembro mais das coisas que mais me fazia lembrar você, as lembranças passam despercebidas, as estrelas já não escrevem mais o seu nome. Mais, por quê? Por que você insiste em aparecer quando eu pisco os olhos?
Nossa historia foi um vácuo, estarmos lado a lado não era o lado certo pra mim, e nem para você. Minha casa nunca foi o seu lugar muito menos a minha cama, um dia eu já senti falta dos momentos que eu quis e nunca tive com você nela. Não sei mais quem você é, ou talvez nunca soube, por isso de tudo que você era para mim só lhe restou o nome, que eu vou proteger. Talvez por amor.

4 comentários:

  1. Duas visões sobre o texto.
    Acabou a paixão e começou a paixão.
    Acabou por outra pessoa, começou por si mesmo.
    Ótima leitura, vou voltar...
    Beijos

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  2. Esse blog me deu a oportunidade de perceber uma coisa. Uma coisa que até então eu não pensava que existia: HÁ, nesse vasto mundo, homens que não possuem cérebro de ameba!
    HAHAHAHAHA

    Adorei o Blog, Lucas.

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  3. 'em um codinome, beija-flor...' hahaha dahoora!!!
    .
    'homens com cerebro de ameba' é foda!!!
    .
    abraaooo

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  4. Muito bonitas suas palavras, Lucas. é sempre muito difícil falar de amor sem cair na mesmice e naquela melação que chateia. Mas me parece que o difícil pra você foi bem tranquilo.

    Gosto de palavras sinceras, independente de elas contarem fatos ou histórias inventadas.

    Grande abraço.

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