É praticamente impossível explicar, talvez as vidraças que nossos olhares atravessaram dos diversos ônibus que confiávamos nos levar diretamente ao nosso sonho saibam melhor que nós, se é que elas já não trincaram de tanta esperança.
Corremos sem destino, até as pernas agüentarem para que talvez um dia vejam os nossos olhos brilharem com as mãos apontando para o céu, ouçam nosso nome ecoando, e para que agente possa sentir o frio na barriga e o arrepio que antecede um momento de decisão.
Muitos não entenderão, mais a verdade é que a maioria terá seus sonhos despedaçados em algum momento de sua trajetória, o corpo pode não agüentar, a mente, ou até o bolso que por muitas vezes estiveram vazios. A partir daí o segundo plano é posto em pratica, mais toda quarta e domingo nos colocaremos em frente a uma televisão para tentar sentir um pouco do que seria estar ali.
Seja em estádios, terrões ou na rua com golzinhos de chinelo, o grito de gol sempre é o mesmo, dentro das demarcações todo mundo é igual, não tem rico nem pobre, não tem negro nem branco, onde há futebol apenas haverá um sonho. Mesmo que de forma desastrosa e dolorosa a vida nos ensina outros caminhos, e nos mostra que mesmo quando o juiz da o apito final, a bola sempre continua rolando.
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