sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Olhar paulistano.

Há Beleza no cinza. Há beleza em um dia nublado, daqueles que as gotas das chuvas não chegam nem a tocar o chão, no mosaico das ruas forradas de bitucas de cigarro com o asfalto esburacado. Na sinfonia que é o buzinar dos motoboys, se arriscando de forma teatral nos corredores das avenidas. Há naturalidade na correria, na pressa de ter pressa, na sensação de estar atrasado mesmo quando a agenda esta vazia.
Há conformismo pelos extremos, pela desigualdade, pela distancia e pela frieza. Pelo constante crescimento e pela constante destruição. Há medo, nos carros blindados, na espera de uma mãe e no fim do mês do trabalhador.
Lagrima, suor e chuva. Nossas gotas. Há garoa, na terra da garoa!