sábado, 25 de dezembro de 2010

Quando um vai o outro vem!

Passou como tudo passa. Ou acabou como tudo acaba.
Só se sabe que foi rápido, os anos vão passando e parece que vão correndo cadê vez mais de pressa e é claro que isso é somente uma impressão, talvez seja o medo de envelhecer ou de endurecer.
Assim como teve nos anos anteriores, terá uma retrospectiva da Globo e todos vão fazer as mesmas indagações que fizeram nos mesmos anos anteriores, falando que não é possível que aquilo tenha acontecido esse ano. Sensação tipo deja vu, parece que você já viu aquela cena. Bom, e realmente viu.
Engraçada a capacidade que temos, de acreditar que basta comer lentilhas, pular ondas, fazer pedidos, promessas e do dia pra noite tudo irá mudar, como a tal pessoa tinha jurado que aconteceria um ano atrás, talvez na mesma praia. Deliciosa capacidade de nos auto enganar.
A mudança acontece nos 365 dias do ano, guarde o ultimo dia dele para festejar e ter a consciência limpa de que fez tudo em prol do que achava mais certo, e espero que não tenha que dizer “ano passado eu disse que iria e não fiz, mais agora eu juro que vou”, isso vai se tornar rotina de réveillon.
Nos decepcionaremos, teremos orgulho, muitos chorarão de rir, e outros de tristeza, tomaremos um porre (Talvez ate no próprio dia da virada) e no dia seguinte iremos jurar que nunca mais iremos colocar uma gota de álcool na boca, e todo mundo sabe que essa promessa só vai durar até o próximo sábado. Nada vai mudar tanto em um dia.
O Bom, é que se acredita tanto na magia desse dia que de fato ele incentiva mudanças, fortalece para novas empreitadas que estão por vir. Mais o ruim e a total babaquice é esperar o final do ano para mudar tudo aquilo que nos incomodou o ano inteiro. Faça de todas as noites um réveillon, por que ai vivera o réveillon como se fosse apenas mais uma noite.
Um ótimo 2011, um excelente amanhã!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Jardim de infância

Bom era o medo de beijar na boca, as cartinhas, os gols oferecidos nas aulas de educação física, quando ficar de mãos dadas e dividir o lanche eram grandes demonstrações de amor. A época da irresponsabilidade, de dar nome aquele friozinho na barriga, de ver que os gols na educação física nem tem tanta graça assim se não poder oferecê-los a ela, que ta jogando amarelinha mais não tira os olhos de você.
Depois trocávamos de colégio, e era verdade quando sua mãe dizia que sua vida não iria acabar, afinal, sempre tinha uma moreninha na terceira ou quarta fila que te fazia dar novos nomes aquele friozinho na barriga.
Assim como nós naquela época o amor é moleque, sobrecarregar ele com a idéia da eternidade é covardia. Amor não se mede por régua, peso e muito menos tempo.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Hitch

O que? Quer saber o que eu posso te dizer?
-Tenha muita calma.
Elas sempre aparecem, mais saiba que você pode caçá-las por ai em baladas e barzinhos, porém você só irá encontrá-la na hora que menos esperar. E ela vai te dar a piscada mágica, a respiração perfeita, e então, será quando o imã entre vocês entrará em ação.
Mais eu sei o que você quer. Quer que a próxima não lhe cause tanta dor, né?
Então me escute. Apenas sinta, e a palavra que estiver entalada na sua garganta diga, pois tenha certeza que esta palavra é sim tudo que ela deseja ouvir. Quando você se deixar levar, verá que tudo quando flui ao natural se encaixa perfeitamente. Faça tudo àquilo que o momento lhe implorar para fazer.
Já sei! A pergunta agora é “Mais onde vai parar o meu orgulho?”.
O orgulho é inútil, pois já viu algum protagonista de um filme de romance na hora da sua morte estar orgulhoso de seu orgulho? Não! Ele sempre chora, por ter perdido a oportunidade de ter dito, ou de ter perdoado.
Então quando ela cruzar com o seu caminho, não se esconda atrás de suposições, não se controle, não minta para si mesmo. Fale, grite, transpire e viva, acredite em mim. Por que no máximo o pior que te restará ainda é o mais bonito do amor, o ridículo.
Todavia, não faça do seu romance fonte única para sua alegria, pois para todos os espetáculos, por mais bonitos e consagrados que sejam, as cortinas sempre acabam se fechando e os atores vão embora. Ponto final.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Lembre disso

Deixe-se surpreender. Pare de ler sinopses ou prefácios, não leia a página seguinte antes de terminar a que você esta lendo, coisa mais chata é ser ansioso. No seu café da manhã não leia a lateral do sucrilhos e no almoço não leia a lata da sua coca-cola, eles irão te decepcionar, pois não são tão saudáveis quanto gostosos. Aliás leiam sim os lacres, e reavalie sua alimentação.
Surpreenda. Inove em uma terça chuvosa, não ter dinheiro nunca será desculpa para alguém pragmático, arrisque.O proprio nome já diz, quando eu "arrisco" com certeza "há um risco" de você errar no ponto das suas novidades, mais pelo menos não cairá em erros corriqueiros e chatos. Todo dia é dia. Mas não esqueça as datas especiais, como o aniversario de casamento, o dia do primeiro beijo, um clichê de vez em quando soa bem, e se por acaso se esquecer dessas datas use a mesma criatividade para inventar uma boa desculpa, pois ela será necessária.
Ahh, por favor, não se esqueçam das camisinhas. Por que esse tipo de surpresa, você não vai querer ter.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Os caminhos

Fitando o chão, comecei a me sentir demasiadamente romântico, sentir que já estive ou que estou envolvido em toda historia de amor que eu leio ou ouço falar, platônico demais. Com esse pensamento, veio um senso muito grande. Situei-me e acabei por fazer uma autocrítica pesada.
Comecei a entender que eu não quero o amor, quero apenas as lembranças e as saudades. Não quero comer, quero apenas me sentir saciado. Não quero a historia, quero o desfecho. Não quero o sexo, quero só o gozar. Não quero dormir, quero apenas acordar descansado. Não quero andar, eu quero simplesmente chegar. Essa busca pelos fins faz com que eu despreze os meios e faça-os passarem despercebidos.
Quando eu compreender que os fins só existem pelos meios, irei adquirir a compreensão da coerência vital, visualizarei que o acaso não é por acaso, e que a pressa e a mecanização dos movimentos afasta de mim os instintos humanos, afasta o viver. Meu treinamento de valorização dos meios, esta aqui nesse blog e na escrita, pois é aqui que eu me delicio com o processo de criação e de construção de um texto, minimizando a importância do fim.
Utilizamos muito “os fins justificam os meios”, e deveríamos vivenciar “os meios justificam os fins”, assim nada ficaria incompreendido, nada seria julgado sorte ou azar.
Mais vejo que esse é um defeito que não interfere só em mim, mais afeta toda a sociedade. Pois quantos cidadãos não trabalham o mês inteiro, se desgastam física e psicologicamente em um trabalho que não gosta, em busca de dinheiro. De um fim. Um fim de semana.
Quero a serenidade, para poder colocar o viver em pratica. Por que na vida os “meios” são o viver e os “fins”, todo mundo já sabe, é simplesmente o fim!

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Beija flor

Esta certo que nada aconteceu depois que tudo aconteceu, tudo continua estranhamente no mesmo lugar e isso chega até a me assustar, como o mundo deu tantas voltas, como a minha cabeça fizera tantas viagens e ainda assim tudo poderia continuar ali, intocável.
Hoje não sei mais se apenas me preocupo ou se ainda te amo, não dá mais para saber se não falo com você por orgulho ou por medo de que você pare o meu mundo de novo, não sei se é melhor me afastar e não saber mais nada de você por que cada dia longe é uma expectativa nova, e imaginações sobre uma mulher que você tenha virado que no fundo no fundo eu sei que nunca vai virar, e essa talvez seja minha única certeza.
Nossa musica nunca mais tocou (todas elas), nem vi mais nosso filme se é que agente tinha um, não me lembro do seu cheiro, do tom da sua voz, e nem sinto mais falta deles. Eu não lembro mais das coisas que mais me fazia lembrar você, as lembranças passam despercebidas, as estrelas já não escrevem mais o seu nome. Mais, por quê? Por que você insiste em aparecer quando eu pisco os olhos?
Nossa historia foi um vácuo, estarmos lado a lado não era o lado certo pra mim, e nem para você. Minha casa nunca foi o seu lugar muito menos a minha cama, um dia eu já senti falta dos momentos que eu quis e nunca tive com você nela. Não sei mais quem você é, ou talvez nunca soube, por isso de tudo que você era para mim só lhe restou o nome, que eu vou proteger. Talvez por amor.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Sapiens

Peço licença aos amigos, e que, por favor, levantem os seus copos:

-As maiores lições estiveram sempre nas entre linhas.
As melhores viagens estão na imobilidade.
E as maiores intenções com certeza estarão no não dito.

Tim Tim. Um brinde ao subconsciente.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Neutros

Hey, pera lá! Não confie tanto assim em um pedaço de papel.
Já pensou como segredos de séculos passados foram revelados? Já reparou que papeis duram muito mais tempo que os homens? Um bom amigo leva seu segredo até o tumulo. E um pedaço de papel? Ele sabe morrer com o seu segredo?
Eu sou daqueles que preciso falar, conversar e acreditar que ainda existem amigos capazes de compartilhar o silencio de uma angustia e o sorriso de uma alegria. O papel é uma incrível fonte para despejar emoções, e é às vezes mais fácil de dizer em um papel tudo aquilo que você quer dizer e não consegue através da fala, o complicado é que eles são facinhos, abrem o bico para qualquer um que saiba ler. Grandes caguetas. Ultimamente tenho usado papel reciclado, sei lá talvez eles sejam mais bonzinhos.
O papel sempre vai te ouvir quieto, não tem a capacidade de dar um chacoalhão quando precisa, de enxugar uma lagrima, de te levar pra beber uma cerveja e afogar as magoas, não tem a capacidade de rir com você, ele simplesmente te ouve. E isso é ruim? Não, pelo menos para alguns. Mais para mim? Sim, um amigo para mim é mais do que alguém que só te escuta, e que quebra as pontas do meu lápis.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Porre

Hoje eu percebi que tudo o que se diz embriagado ou apaixonado, soa estranho quando bate a ressaca de ambos. Vem aquela falta de lucidez culposa, junto com uma vergonha boa de sorrir.
Esses estados de loucuras são capazes de nos refazer por inteiro em curtos momentos, às vezes em uma pura troca de olhares, outras em um shot. Alcançamos a sinceridade, e a partir de então, um alguém se manifesta dentro de você.
Eles trazem risadas, grandes amigos, brigas, e os dois insistem em nos falar que aquela que esta com os lábios colados com o seu, é sim a mulher da sua vida. Noites maravilhosas estão por vir, dores de cabeça intensas chegarão. Eai vale a pena?

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Um brasileiro

Outro corpo jogado no chão era apenas mais um que acabará de entrar nas estatisticas, mas diferente dos outros esse corpo ainda respirava, e tinha pulsação. Abraçando o joelho esquerdo, que estava junto ao seu peito ele não mostrava nenhum ferimento vital, haviam apenas algumas cicatrizes espalhadas pelo seu corpo pequeno e esguio.
Era apenas uma criança, foram 13 anos muito difíceis que levaram sua infância e a sua vontade de viver. Não esboçava mais nenhuma reação, tinha acustumado a se sentir invisível, ele não tinha que brincar disso como faziam as outras crianças, pois essa sensação que ele estranhará os outros chamarem de brincadeira o acompanhou desde o dia do seu parto.
Sentado no meio fio de uma avenida pouco movimentada, ele permanecia sem expressão. Estagnado. O tempo acabou pra ele, não havia mais perspectivas e muito menos vontades, só lhe restava uma raiva, uma maldita raiva de seu coração, que mesmo sem seu consentimento continuava a bater.
Seu corpo era a personificação da dor. Não conseguia entender por que seu destino já estava traçado antes mesmo de sair da barriga daquela mãe que ele nunca conheceu. Ele queria pelo menos ter uma opção, e se essa fosse a de não ter nascido já estaria de bom tamanho para ele. Vi uma lagrima escorrendo pelo seu rosto, mais não era ele quem chorava, já tinha se cansado disso e não lhe restava forças para tal ato, dessa vez era sua alma que estava a chorar, e fazia isso por ver aquele corpo que a carregava naquele estado deplorável.
Me aproximei dele, tirei uma moeda do bolso e respeitando a sua dor encostei em seu braço, ele em um ato de puro reflexo se virou e bateu com o nariz na minha mão, que estava estendida a lhe oferecer aquela singela moeda. Ele ficou 10 segundos olhando para minha mão, depois mais 10 olhando para os meus olhos, enxugou sua lagrima, e voltou a sua posição em que aguardava o fim do egoísmo do seu coração. Eu sem entender e até julgando-o ser um moleque atrevido por desdenhar minha ajuda, tomei de volta o caminho para minha casa.
E foi ao chegar aqui que eu percebi minha falta de sensibilidade, foi aqui que eu vi o que aqueles olhos opacos queriam me dizer, estava claro que o dinheiro e um prato de comida não eram nada para aquele garoto. Pois afinal, ele não queria a moeda que estava na minha mão, ele só queria a minha mão.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O que voce acha?

Um dia fui até um bar, e tava rolando musica ao vivo. Tudo andava tranquilo, até que o cantor pediu ao cara que estava tocando violão, para dar a nota “Si me mó”. Leigo em se tratando de musica, eu pensei que iriam entrar mais uns cinco ou seis músicos para executar a proeza de tocar esse “si” contorcionista, o que logicamente não aconteceu. Depois comecei a imaginar como é que foi criada essa nota, e cheguei a uma conclusão totalmente plausível. Acho que pra algum musico, o si maior não estava bom, o si menor muito menos, então insatisfeito ele disse: Toca os dois pra vê se da certo. E Vuala eis a nota perfeita. E como as coisas tem mudado né? Antes as crianças decoravam as notas musicais na escola, eu fui um desses que decorou, e pelo que eu me lembre não tinha essa “zinha” ai.
Mais fato é que antigamente tudo era mais seco, ou era certo ou era errado, ou ré ou fá, ou de esquerda ou de direita. Hoje em dia a esquerda governa com o pé esquerdo, e um pouquinho do pé direito, dentro dos conceitos de direita que tanto criticava, daquela mesma direita que hoje tem até um pouquinho de esquerda. É mesmo confusa essa política ambidestra! Hahaha.
Esta tudo muito indeciso, os gostos se confundem muito, tribos diferentes se cruzam criando subtribos a cada esquina, não há mais 100% de verdade, e talvez se houver, ela não dura mais do que meia hora. Antes pagodeiro era pagodeiro, e punk era punk, coisas bem diferentes. Hoje em dia punk, aprecia um bom Zeca Pagodinho, e pagodeiro só usa moicano. Era tudo mais fácil, ou o chocolate era branco, ou era preto. Mais agora, duvido que você não perde 10 minutos decidindo se leva o com castanhas de caju, ou o meio-amargo com flocos de cereais. Há tempos atrás, a pessoa podia ser hetero ou homossexual. Hoje em dia tem os bissexuais, tri, tetra, afinal quem disse que só o Brasil pode ser hexa? ( Hahaha, to fora!)
É fato, que a globalização e a variedade abriu margem para a flexibilização das pessoas. E para indecisão delas. Não é que hoje as pessoas sejam incoerentes com o que dizem e o que pensam, é que na verdade o que se defendia ontem, hoje já se tornou ultrapassado, os pensamentos e os princípios mudam constantemente, às vezes por jogo de interesse, às vezes por inocência.
Sobre suas opiniões? O meu conselho é para você estudar elas, discutir sobre, e se for o caso as defender. Porém, somente defendam elas até quando achar que essas opiniões ainda forem suas. Por que provavelmente daqui umas semanas, você vai mudar de opinião e passar as defender como fazia com as antigas. Ai na outra semana a mesma coisa, e na outra, e na outra ...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Mais menos!!

Não quero que isso venha a parecer algo de algum positivista convicto, pois posso até ser positivista, mais com certeza sem certeza nenhuma. E também por que, esses dados de fato podem não parecer muito esperançosos.
Mais vibre, e pule de alegria, por que no ritmo que você leva a sua vida, você ainda terá mais 20 anos para acabar com você e com a Terra. Que bom né? Depois disso provavelmente não haverá mais ar para respirar, e muito menos água potável, mais quem disse que você tem a ver com isso?
Muitos ainda incentivam o crescimento desenfreado, e o desenvolvimento sem levar em consideração os impactos ambientais que essa sede de crescer trás, e pior, muitos ainda querem acelerar esse processo, e ainda são aplaudidos. Acho que o nosso suicídio deve estar demorando demais. Enquanto os que defendem a economia sustentavel, a verdadeira educação, o respeito ao meio ambiente e que não querem que a humanidade se autodestrua estão jogados as margens da política. E sabe o que mais me intriga? É que eu não sei quem tem culpa de tudo isso, se são os incentivadores desse sistema destrutivo, se são os que ainda acreditam nessas idéias, ou se sou eu que escrevo e critico isso, mas estou inserido nesse estilo de vida. Afinal, é pior não saber o que acontece, ou saber e não fazer nada?
Nós perdemos muito tempo nos questionando sobre vidas passadas ou vidas que ainda virão, mais não nos questionamos sobre os atos desta "encarnação". O que é bem estranho, pois são estes atos que com certeza refletirão nas vidas seguintes, e já esta na hora de medir essas atitudes por que do jeito que as coisas andam não haverá tempo, nem para netos, bisnetos e muito menos para outro Lucas. Pois é, talvez eu seja a ultima geração de mim mesmo.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Um raio de sol

Dela ele só queria a felicidade, não aceitaria menos, e muito menos admitiria mais. Dava pra sentir o cheiro dela com incrivel perfeição, era possivel praticamente toca-la, em uma sensação louca e em um ataque repentino ele prometeu apartir de então nunca mais ignorar elas, e amar aquela que estava para chegar, e as que provavelmente sucederiam ela com a intensidade devida.
Começou a olhar no relogio, e era angustiante a lerdeza daqueles ponteiros. Ele estava sem fome, mais para passar o tempo foi preparar um lanche, com a cabeça fora dali até esqueceu da promessa de reduzir com a carne e colocou duas fatias grandes de presunto. Ficou meia hora sentado na mesa de jantar, e quando voltou para si após uma longa viagem que ele nem lembrava mais para onde tinha sido, se deu conta de que não havia dado uma unica mordida no seu sanduiche. Bom, pelo menos continuou fiel ao seu plano vegetariano.
Em cada lugar que encostava ele começava a se perguntar. Por que havia desprezado tantas, antes desta que viria? E não foi por falta de beleza, ou de promessas muito convidativas. O culpado por perder todas as anteriores era exclusivamente ele.
Agora, aqueles ponteiros vagorosos estavam dando voltas rapido demais, o que fez ele se questionar sobre como é louca essa concepção de tempo. E isso foi bom, ele momentaneamente se esqueceu daquela que veio tomando suas ultimas horas, foi ate a cozinha, abriu seu sanduiche tirou as fatias de presunto. Comeu. E enquanto comia ficou vendo TV, era alguma coisa que falava sobre botos na Amazonia, provavelmente globo reporter (hahaha).
Ja passava da hora de dormir, e mesmo sem sono ele foi se deitar. Rolou alguns minutos na cama e viu que seria impossivel cair no sono naquele momento. Ainda de olhos fechados voltou a pensar nela, e reafirmou que com ela seria diferente, ele faria ela se sentir especial, assim como ela faria com ele. Ele iria aproveitar cada segundo, cada risada para que quando acabasse não restasse nenhum tipo de arrependimento.
As horas se sucederam muito rapido, e quando ele menos esperou viu um vestigio dela. Um raio de sol entrando no seu quarto. Ele levantou. Sorriu. Abriu a janela, e o convidando para sair da cama lá estava ela.
Uma linda manhã de sabado.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Em cada cabeça, um novo mundo!

Falar que existe apenas um mundo é viagem, alias uma louca viagem e uma pretensão sem tamanho. Como afirmar uma coisa dessas, se a cada despertar nascemos para uma vida nova e construímos um novo mundo.
Por exemplo, aquele dia que o mundo é o mais desajeitado. Parece que tudo está confuso e que nos da uma sensação tão estranha quanto esse mundo, de que as coisas por mais que ninguém tenha mexido estão grosseiramente fora do lugar.
O dia do mundo feito pra você. Que tudo esta acontecendo magicamente em prol de algo, o mundo que parece que qualquer coisa que acontece ou que nos dizem irá refletir de forma decisiva no futuro.
Mais os mundos mais distantes e perceptíveis é o do “Tudo Errado e do Tudo Certo”. E é deles a inspiração e o argumento para comprovar como cada dia é uma vida diferente, em um mundo totalmente novo.
O tudo certo começa mais ou menos assim. Abre-se o olho, um belo sonho já vai estar na sua cabeça e você irá remontar ele o resto do dia. Você levanta, da uma cambaleada chuta o pé da cama, mais esta tudo bem apenas mais um motivo para dar risada, se olha no espelho e contempla sua beleza, vai ao vazo sanitário e se alivia numa sensação indescritível, toma um belo banho, um belo café da manhã com pão com manteiga, e no ônibus estará um lugar perfeito esperando por você. No trabalho alguém vai te elogiar, e ao chegar em casa cansado de fazer tudo aquilo que te deixa mais feliz, vai deitar na sua cama que já esta aparentemente desenhada para você e dorme sorrindo na espera por um outro dia lindo como este. Porém, no dia seguinte. Abre-se o olho, um sonho chato enche a sua cabeça e o pior de tudo é que ele vai ficar enchendo sua paciência o resto do dia. Você levanta da uma cambaleada chuta o pé da cama, e que bosta, você vai acorda todos do bairro soltando um bom e velho “Puta que o pariu”, se olha no espelho e outra bosta, vai ao vazo sanitário e devido a particularidades masculinas terá que dar 2 passos para trás e sujar toda a borda daquela porra, é obrigado a tomar banho, toma um café de merda por que só tem manteiga, e aquele lixo de ônibus vem lotado. No trabalho alguém vai te perturbar com puxões de saco, e ao chegar em casa cansado de fazer aquela mesma rotina todo dia, vai deitar na sua cama que já esta um pouco dura e incomoda suas costas, e então vai dormir com cara de poucos amigos esperando nunca mais ter que acordar.
Se analisarmos, o lugar onde montamos nosso mundo é o mesmo, mais o verdadeiro mundo está na nossa cabeça. Montando diariamente infinitas possibilidades, e nos dando um leque de opções para agir diferente em situações idênticas, por isso, somos seres extremamente mutáveis. Na nossa cabeça podemos ir muito mais alem de pés no chão, de contos de fada, de Vênus, Marte, e de tudo que nos fazem acreditar que somos possíveis. Cabe a nós decidir com qual visão e humor encararemos as diversas situações do dia-a-dia, pois na verdade é tudo uma simples e bonita questão de ponto de vista.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Não seja um chato

Em que ponto da vida, deixamos a irresponsabilidade de lado. E não que isso seja alguma coisa boa, pois a responsabilidade pode ser um grande defeito em certos momentos de nossas vidas. Parece que a vida tem uma trajetória pré moldada que diz que seremos crianças felizes, adultos ambiciosos e velhos saudosistas dos tempos de moleque.
E eu acho que quando somos idosos olhamos para a infância com tanta saudade, pois era lá naquela época que realmente se sonhava, que o sonho era independente de ganância, de ego, ou de sono. Lá naquela época agente sabia que nosso sonho nada mais era que nosso destino.
Dizem, por ai que tem uma hora que você começa a responder pelo seus atos, mais fato é que você sempre respondeu e sempre respondera, do momento que agente nasce tudo feito a partir dali estará fincado nas nossas historias. Olhe para suas cicatrizes e lembre quando foram feitas. Sinta sua dorzinha no tornozelo e lembre que isso começou quando você caiu do pé de abacate aos doze anos. E o seu apelido?? Ele provavelmente foi dado na sexta ou sétima serie pelos amigos que você jurava que eram para sempre. Alias por que não foram pra sempre? Seus atos na sua infância se refletem até hoje.
Quando viramos adultos o que muda? Não acredito que passamos a ser limitados, mais não há duvidas que nos mesmos nos impomos limites. Creio que há uma hora que você tem que colocar seus sonhos de criança em pratica, talvez role algum sacrifício aqui ou ali, mais fazer alguma coisa que você não gosta só para se desenhar um adulto bem sucedido perante a sociedade, porém infeliz para si próprio é uma grande babaquice e incoerência. Quando viramos adultos viramos medrosos.
Por isso alimente sua criança interior, vibre com sua irresponsabilidade, para de ser pragmático e exato como uma conta de matemática. Sejamos um pouco mais imaturos. Cada dia da sua vida é uma pagina de um livro, do seu livro. Não deixe que ao ler ele, venha aquela sensação triste de que o começo era bom, entusiasmado e promissor, mais depois ficou sem sal e chato de se ler.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Estereótipos

Dizem e tentam me provar a todo momento que vivemos em uma democracia. Ou eu que não sei ao certo o conceito desta palavra, ou este conceito se perdeu em algum lugar bem longe de onde estamos.
Fomos presos em umas gaiolas piores que presídios, chamadas estereótipos. Tente se livrar de uma dessas grades, e veja como e difícil se desvencilhar de preconceitos, como e difícil se desarmar e deixar tudo fluir ao natural. Você é livre pra escolher, mas se não escolher o que o sistema quer, ele sem dó ira te excluir. Nos vendem uma democracia de livre expressão, de liberdade e de integração, mais nos entregam a tal democracia na bandeja de um sistema totalmente falido. Que dita tudo que devemos usar, comer, falar e querer. A televisão é a arma da pseudoliberdade, e nos somos os alvos.
A liberdade de abrir os braços em frente ao mar, gritar ou de respirar fundo é incrivelmente relaxante. Imagino quando nos libertamos das grades de nossas mentes a imensidão do prazer que iremos sentir. E você se sente livre?

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terça-feira, 27 de julho de 2010

Já é um começo

Cansei de ir atrás de conclusões formadas por outras pessoas. Sabe aquela historia de seguir sem saber o que ta seguindo? É mais ou menos por ai.
Estava na hora de pensar e começar a dividir um pouco minhas idéias, para ver se consigo ajudar alguém pra pensar junto comigo e compartilhar suas novas idéias também. A rebeldia, o poder de indagação, indignação da juventude será eterno, se conseguirmos aliar isso com a união e a vontade de fazer, seriamos mais forte que qualquer organização social ou política.
Talvez ninguém leia isso, talvez muitos, ou só eu mesmo, o que não tira nenhum pouco o meu entusiasmo. Pois apesar de tudo, se eu não conseguir ajudar ninguém a formar algum tipo de idéia, eu sei que eu estou me salvando contra o comodismo.
Abaixo segue uma apresentação, e nos demais posts saberão o que daqui deu pra ver.
Ahh Lucas, você mesmo Lucas D’Erasmo. Se um dia você ler isso aqui de novo, nunca se esqueça de quem você foi com 19, por que foi por causa desse Lucas que ta abrindo esse blog que você é o que é agora.



(Apresentação)
O que eu consegui ver de mim.
Como quem nao que nada, quero tudo. O meu tudo, que pra voce de fato pode ser nada.
Dependendo da entonação de voz ter 19 anos pode significar muitas responsabilidades ou quase nenhuma. Talves eu precise de um emprego, ou de um jeito licito para ter dinheiro, ou talvez eu precise fazer mais bolinhas de papel e tentar acertar o professor.
Vou jogar minhas armas fora, meus ideais de riqueza, meus preconceitos, meu chinelo e sentir meus pés no chao. Vou valorizar os amigos, a vida, a humanidade, a diferença, o amor, e ver se sinto meus pés fora dele. Vou fazer uma viagem para uma praia inexplorada e ser feliz com a simplicidade, ou fazer uma viagem para dentro de mim mesmo e ver que nao ha lugar mais inexplorado que a minha própria capacidade. Como ja dizia um parceiro meu, vou me interiorizar hahaha.
De tanto pedir para a vida, comecei a compreender que ja tenho tudo que ela pode me dar, e se tem alguém que ta devendo algum tipo de entrega, sou eu. A vida é o melhor presente que ganhamos, mais invés de olhar com os olhos brilhantes de quem acaba de abrir um embrulho, e ganha aquele super videogame em um dia de natal, agente faz bico e logo pergunta onde podemos fazer a troca.
Mais também não quero buscar mais tantas respostas e certezas sobre a vida, por que no final vou acabar vendo que perdi todo meu tempo tentando compreender algo que eu não vivi, atrás das tais respostas.
Todo dia vou durmir pedindo um dia melhor, e acordo grato pela imensidão do dia anterior.
Todo dia durmo com a importância de ser um homem de 19, e acordo com a felicidade de ainda ser uma criança