terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Biografia de alguem.

Será que ela sabe que eu sou um chato? Será que de onde ela esta, da para ver que minha companhia é agradável durante algumas horas, ou alguns dias, e que a magia do meu diferencial vai acabando junto com o tempo?
Eu convivi muito comigo mesmo, e sei que de noite eu não me suporto mais, eu durmo para fugir de mim mesmo, a solidão causa um auto-diálogo infernal.
Seria mais saudável para ela parar de me olhar, eu sei que ela vai se impressionar com o meu apartamento, estranhar meus bons vinhos e se encantar com os meus conhecimentos de blues, agente vai tranzar a noite toda, e infelizmente eu farei ela achar que é única pra mim.
E isso será mais uma das minhas mentiras, eu sou chato e mentiroso. Será que a minha vida não deixou cicatrizes dessa minha personalidade, por que ela me olha? Depois de tantas deve estar marcado na minha testa: “ele não presta”.
Mais afinal, o que é verdade, a minha verdade é que eu sou mentiroso. Tudo se torna relativo na minha vida. Aliás, eu sou mentiroso, chato e relativista não convicto, por que ter certeza da relatividade é uma total contradição.
Tá, eu admito que eu faço tudo isso e não tenho peso na consciência, eu faço ela se sentir única talvez só para ver a cara de tristeza quando ela saber que não é. Eu tenho que parar com isso.
Eu pedi pra ela não se aproximar.
Conversa no carro, alguma frase do Chico Buarque, apartamento, vinho, blues. Eu sou viciado nisso. Sexo, olhos brilhando, você é única, sono, e então:
-Bate a porta quando sair.

3 comentários:

  1. Ah como eu gosto do que você escreve, menino.
    Parabéns!

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  2. hahaaaa putanheeeeiro! hushaushuahaush
    boooooa, mando mto!!

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  3. Sou fã número 1, você sabe né?
    você escreve maravilhosamente bem...

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