sexta-feira, 3 de agosto de 2012

1991


Em uma madrugada. Sozinha. Deitada, pensava em contas, em por quês, em futuro, não só no dela, afinal, sua vida talvez já não fosse para ela mesmo a vida mais importante, o seu sono muito menos, um barulho estranho daqui já era o despertar lá.
Enfim entendeu que assim seria a vida inteira, muito suor, muita vida envolvida, muito tempo. Dedicou-se para poupar ou suavizar os nossos dias, até por que suas vontades já não eram mais as suas, as roupas não eram mais pra ela, sua comida preferida passou a ser as nossas.
Por isso sei que quando ganhei na verdade ganhamos, quando perdi crescemos juntos, quando chorei foram quatro olhos cheios de lagrima, eu sou só um pedaço seu.  Quando estava perdido você sempre foi meu norte, quando desolado sempre foi meu ombro, quando carente meu melhor carinho e quando ausente minha maior saudade, você é um pedaço meu.
Eu poderia ficar dias e noites como aquelas que você perdeu trocando minhas fraudas, medindo minha febre, ou angustiada esperando me ouvir entrar em casa, com mil analogias tentando te dizer o que eu quero, mais a verdade é que "não há nada para comparar, para poder lhe explicar, como é grande o meu amor por você".

Ana Maria, minha rainha, minha amiga, minha mãe!

Nenhum comentário:

Postar um comentário